segunda-feira, 3 de junho de 2019



3 Principais passos para o sucesso na adoção – por Heloisa Sampaio




A adoção é um processo tão lindo, onde a doação dos pais aos filhos e dos filhos aos pais é essencial para o desenvolvimento de vínculo. Diferente da gestação biológica, onde o corpo da mãe já está banhado de Oxitocina – o hormônio do amor – que é um importante facilitador de formação vinculo mãe-bebê, a gestação do coração requer construção árdua e diária de vínculos que se dá na medida em que pais e filho vão se aproximando, se conhecendo, se descobrindo, e esse investimento transforma-se em um vinculo capaz de transformar a história de uma família – o amor. Com todas as particularidades envolvidas na formação de vínculo no processo de adoção, existem 3 condições imprescindíveis para seu sucesso.

  1. Aceitação
Gerar um filho a partir do coração é sem dúvida um processo mágico, é um investimento de amor, carinho e dedicação por alguém que está por vir. O processo é muito angustiante, pela sua própria natureza e incertezas, mas principalmente pela burocracia que atravessa a espera do tão sonhado filho. Os pais vivenciam um emaranhado de emoções e sentimentos que controlam o “ninho emocional” que receberão seus filhos. Por sua vez, a criança ao chegar à nova família, virá carregando uma bagagem de vida, pequena e importante, que já são influentes em sua psique. A origem do filho do coração tem diferenças importantes entre a gestação do filho biológico, e não é pertinente a nossa saúde psíquica negar esse fato. Negar a história e a origem de um filho, é nega-lo enquanto sujeito. Somos todos fruto da nossa história, de uma pré-história e de todas nossas possibilidades de ser, e isso nada diminui o valor da família formada pelo coração. Como diz Schettini: “Diferente é a história, não o amor. Incomuns são as circunstâncias e não o afeto.”

  1. Naturalidade
A adoção é uma parte marcante e decisiva na vida de uma família formada através da adoção. É um marco que faz um sujeito filho e outro pai, mãe, avôs, tios, primos (…) e isso repercute e direciona toda a história da família. Aceitá-la como um momento decisivo na vida do sujeito é o primeiro importantíssimo passo para poder lidar com naturalidade, que: “Sim, meu filho/neto/sobrinho João foi adotado”, e graças a isso, hoje ele é parte de nossa família e nós somos a família dele. Os pais estarem confiantes de que seu afeto e amor poderá auxiliar seu filho em sua adaptação e em todas as dificuldades, medos e curiosidades que está por vir, lhe dará segurança e a o sentimento de pertencimento, independente de suas origens. Esse respeito é o alimento que fortalecerá o vínculo familiar.

  1. Respeito a História
“Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias”. (Eduardo Galeano). Todo sujeito é constituído por história, e ela inicia antes mesmo de seu nascimento. Quando uma família sonha com um filho e o planeja, a sua história já começa a ser escrita. Ele já tem nome, uma família. Ao chegar a seu lar, a criança irá continuar a escrever essa história, que certamente será influenciada pela pequena bagagem de escritos já existentes, como também pelo “ninho psíquico” construído pelos seus pais. As direções possíveis desse enredo serão inúmeras e desta forma, igualmente como um livro, o segundo capítulo, apesar de ser uma continuação do primeiro, é sempre um mistério. Novos personagens – a família – serão integrados a história da criança e terão papel fundamental no desenrolar desta aventura. Nesta história a família será o principal porto seguro do protagonista, que irá se aventurar pela vida com a certeza de que o amor é um afeto e não sangue. Este livro irá conter uma história jamais escrita, a formação de um sujeito novo diferente de qualquer um já existente – ele é único.

Heloísa Sampaio
Psicóloca CRP 05/49813
hsampaio.psicologia@gmail.com


sábado, 1 de junho de 2019

Conheça as regras para adotar uma criança no Brasil


Para adotar uma criança, é preciso ter no mínimo 18 anos. Não importa o estado civil, mas é necessária uma diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança acolhida.

Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, o procedimento geral segue o seguinte rito:

1) Procure a Vara de Infância e Juventude do seu município e se informe sobre os documentos. Para entrar no Cadastro Nacional de Adoção são solicitados: identidade; CPF; certidão de casamento ou nascimento; comprovante de residência; comprovante de rendimentos ou declaração equivalente; atestado ou declaração médica de sanidade física e mental; certidões cível e criminal.

2) Com documentos em mãos, faça uma petição, que pode ser preparada por um defensor público ou advogado particular no cartório da Vara de Infância.

3) É obrigatório fazer o curso de preparação psicossocial e jurídica para adoção. A duração do curso também varia nos estados. No Distrito Federal, são dois meses de aulas semanais.

4) O passo seguinte é a avaliação psicossocial com entrevistas e visita domiciliar feitas pela equipe técnica interprofissional. Na entrevista, é determinado o perfil da criança que deseja adotar, de acordo com vários critérios. O resultado será encaminhado ao Ministério Público e ao juiz da Vara de Infância.

5) O laudo da equipe técnica da Vara de Infância e o parecer emitido pelo Ministério Público vão servir de base para a sentença do juiz. Se o pedido for acolhido, o nome do interessado será inserido nos cadastros, válidos por dois anos em território nacional. Se não, é importante buscar os motivos. Estilo de vida incompatível com criação de uma criança ou razões equivocadas (para aplacar a solidão; para superar a perda de um ente querido; superar crise conjugal) podem inviabilizar uma adoção. É possível se adequar e começar o processo novamente.

6) A Vara de Infância avisa sobre uma criança com o perfil compatível. O histórico de vida da criança é apresentado ao adotante; se houver interesse, ambos são apresentados. A criança também será entrevistada após o encontro e dirá se quer continuar com o processo. Durante esse estágio de convivência, monitorado pela Justiça e pela equipe técnica, é permitido visitar o abrigo onde ela mora e dar pequenos passeios.

7) Em seguida, é preciso ajuizar a ação de adoção. Ao entrar com o processo, é entregue a guarda provisória, que terá validade até a conclusão do processo. Neste momento, a criança passa a morar com a família. A equipe técnica continua fazendo visitas periódicas e apresentará uma avaliação conclusiva.

8) O juiz vai proferir a sentença de adoção e determinar a lavratura do novo registro de nascimento, já com o sobrenome da nova família. Neste momento, a criança passa a ter todos os direitos de um filho biológico


Cartilhas e grupos de apoio podem ser consultados para esclarecer dúvidas e saber um pouco mais sobre o ato. O passo-a-passo pode ser verificado no site do CNJ.








Publicado por: Clara Contarato Bastos




quinta-feira, 30 de maio de 2019

Realidade brasileira sobre adoção

A diferença entre o perfil desejado pelos pais adotantes e as crianças disponíveis para serem adotadas

Para cada criança pronta para adoção, há seis pessoas dispostas a acolhê-las na família, mas diferença entre perfil idealizado e o mundo real é obstáculo à redução da enorme fila de espera
Matéria extraída do portal do Senado. 
O tema da adoção no Brasil é um desafio de enormes dimensões, como comprova a análise dos dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), administrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Existem hoje cerca de 5.500 crianças em condições de serem adotadas e quase 30 mil famílias na lista de espera do CNA. O Brasil tem 44 mil crianças e adolescentes atualmente vivendo em abrigos, segundo o CNCA — em fevereiro do ano passado, eram 37 mil. Se há tantas pessoas dispostas a acolher uma criança sem família, por que o número de meninas e ­meninos do cadastro não para de crescer?
Na avaliação do próprio CNJ, a resposta pode estar na discrepância que existe entre o perfil da maioria das crianças do cadastro e o perfil de filho, ou filha, imaginado pelos que aguardam na fila da adoção. “Nacionalmente, verifica-se que o perfil das crianças e adolescentes cadastrados no CNA é destoante quando comparado ao perfil das crianças pretendidas, fato que reveste a questão como de grande complexidade”, admite o CNJ no documento Encontros e Desencontros da Adoção no Brasil: uma análise do Cadastro Nacional de Adoção, de outubro de 2012.
Criado em abril de 2008, antes mesmo da entrada em vigor da nova legislação sobre o tema, o CNA tinha como principal objetivo dar mais rapidez e transparência aos processos. Nos três anos seguintes, foram 3.015 adoções no Brasil, uma média de quase três por dia. Um ritmo que pode, ainda, estar em queda. De acordo com dados da Seção de Colocação em Família Substituta da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, a média mensal de adoções caiu depois das novas exigências legais. Em 2010, a Justiça autorizou 195 adoções no DF — média mensal de 16,25 casos. Em 2011, foram menos: 144 no total, ou apenas 12 por mês.


Incompatíveis

A análise dos perfis do CNA indica que é falsa a crença comum de que o maior obstáculo às adoções no Brasil é a questão racial. Cerca de um terço (32,36%) dos pretendentes só aceita crianças brancas, que representam exatamente três em cada dez das cadastradas. Por esse viés, portanto, não existiria dificuldades. Até porque quase 100% das famílias se dispõem a acolher crianças negras ou pardas, que são duas em cada três do cadastro. Além disso, nada menos que 38,72% se declaram indiferentes em relação à raça do futuro filho ou filha.
Incompatibilidade difícil de ser suplantada é, na verdade, o fato de que apenas um em cada quatro pretendentes (25,63%) admite adotar crianças com quatro anos ou mais, enquanto apenas 4,1% dos que estão no cadastro do CNJ à espera de uma família têm menos de 4 anos. Em 13 de março deste ano, eram apenas 227 em um universo de 5.465. Por isso, cada dia que passam nos abrigos afasta as crianças ainda mais da chance de encontrar um novo lar. Tanto que é inferior a 1% o índice de pessoas prontas a adotar adolescentes (acima de 11 anos), que por sua vez respondem por dois terços do total de cadastrados pelo CNJ.
Outro fator que costuma ser sério entrave à saída de crianças e adolescentes das instituições de acolhimento, de acordo com as estatísticas do CNJ, é a baixa disposição dos pretendentes (17,51%) para adotar mais de uma criança ao mesmo tempo, ou para receber irmãos (18,98%). Entre os aptos à adoção do CNA, 76,87% possuem irmãos e a metade desses tem irmãos também à espera de uma família na listagem nacional. Como os juizados de Infância e Adolescência dificilmente decidem pela separação de irmãos que foram destituídos das famílias biológicas, as chances de um par (ou número maior) de irmãos achar um novo lar é muito pequena.


Demora crítica

Para o senador Magno Malta (PR-ES), a morosidade nos processos de adoção acaba contribuindo para que vidas sejam ­desperdiçadas.
“Algumas dessas crianças vão se prostituir depois dos 12, 13 anos de idade porque não aguentam mais. Saltam o muro do abrigo, vão para a rua e não voltam. Dizem que a rua é o lugar delas. Estão roubando e assaltando, pagando o preço desse tipo de raciocínio de quem tem o poder e podia facilitar as coisas, mas não faz isso”, lamenta o senador.
“Adotar é algo louvável. Mas durante o processo de adoção não pode haver irregularidades e atos que violem os direitos humanos, não só dos adotantes como dos adotados”, argumenta o também senador Paulo Paim (PT-RS), que presidia a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado quando aconteceram os debates.
As explicações para o desinteresse dos brasileiros em acolher crianças maiores ou adolescentes têm origem no fator predominante que leva uma família a decidir pela adoção.
Publicado por : Jeferson Santana

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Adoção e Educação Infantil

A fase de inserção da criança no âmbito da Educação Infantil gera expectativas no corpo docente, e ao tratar da criança adotada, ainda mais. 
Trabalhar com crianças na condição pautada traz ainda mais atenção, visto que há uma grande preocupação dos responsáveis quanto ao acolhimento e adaptação das mesmas no ambiente. Vale ressaltar que, há situações, como aponta a matéria da Revista Nova Escola, nas quais os responsáveis podem apresentar sentimentos contraditórios, como o desejo da adaptação e interação da criança com o educador, ao mesmo que o medo do mesmo rejeitar a criança, além do possível ciúme de quem ensina.

- Construção da Identidade

É de fundamental importância construir a relação e parceria "família e escola" ainda mais nesses casos, pois o educador precisa saber como agir e quais caminhos seguir ao trabalhar a história da criança para que a mesma conheça e se aproprie.
Muitos pais desejam que a instituição não toque no assunto, devido a não esclarecerem completamente para o filho, consequentemente, pela pouca idade. Contudo, a escola pode desde a primeira infância introduzir o tema "adoção" para com os pequenos, rompendo barreiras desde o princípio e fazendo com que as crianças, em sua fase inocente, preservem o acolhimento e a afetividade em sua totalidade.

Considerando o a fato da abordagem "adoção"  ser um dos assuntos mais sensíveis e delicados de tratar com os pequenos, segue uma lista de 7 livros infantis para trabalhar a adoção de forma natural e contínua com os pequenos alunos:

1. “É proibido falar disso”, George Schlesinger e Bruna Assis Brasil (Companhia das Letrinhas)
2. “O irmão que veio de longe”, Moacyr Scliar e Cárcamo (Companhia das Letrinhas)
3. “Flavia e o bolo de chocolate”, Miriam Leitão e Bruna Assis Brasil (Editora Rocco)
4. “Então você chegou… e a família ficou completa!”, Anette Hildebrandt e Almud Kunert (Companhia das Letrinhas)
5. “Aos Olhos do Mar”, Cristiane Tavares e Chris Mazzotta (Editora MOV Palavras)
6. “Ganhei uma menina” – Tereza Yamashita e Luiz Bras (Editora Scipione)
7. “Drufs”, Eva Furnari (editora Moderna)

Matéria na íntegra disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/8875/adocao-e-educacao-infantil


Publicado por: Larissa Salgado Teixeira



terça-feira, 28 de maio de 2019

Você compra comida ou remédio ?

Ao analisar e procurar algo que pudesse acrescentar em nossas discussões do blog, eu encontrei uma notícia que discuti o fato do salário mínimo, visando que nossa reportagem principal do blog também nos da essa informação, a família que vive com muito filhos tendo apenas um salario para sobreviver , eu encontrei um outro noticiário que conta a história de uma mãe com 7 filhos que vive com apenas 1 salário mínimo e faz por fora outras coisas para nao passar fome então trabalha por conta própria em  serviços que conta no vídeo e ela vai nos conta sua rotina, moradora de São Paulo, já ate morou na rua com 2 filhos por não ter como se sustentar.
A reportagem nos informa que um levantamento feito pelo departamento intersindical de estatísticas e estudos socioeconômicos(DIEESE) aponta que o salário mínimo ideal para uma família de 4 pessoas sobreviver bem seria de 3.810.36, aponta ainda que esse salário de 937,00 seria o valor mínimo para uma família viver com dignidade no ano de 1999 ou seja olha quanto tempo já se passou. Se é difícil uma família de 4 pessoas sobreviver com um salário mínimo, imagina uma família com 7 ou mais pessoas morando na mesma casa? Como vive essas famílias tanto a da reportagem principal do nosso blog, quanto as demais inclusive a que vou apresentar nessa reportagem do vídeo abaixo. 
Link da reportagem e video: https://www.google.com/amp/s/www.bbc.com/portuguese/amp/brasil-38257945



Deixe sua opinião também. 
Bom dia a todos!
Aluna Juliana Antunes costa 
Matrícula 17112080465

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Filhos...melhor é tê-los! Ou não?!



Aproveitando o ensejo do mês em que se comemorou o dia das mães e também o dia da adoção, esta postagem vem para propor uma breve reflexão dentro da nossa temática: ter ou não ter filhos?

Muitas questões envolvem esta decisão: a situação financeira a curto e longo prazo; estruturas físicas e logísticas do ambiente que sejam favoráveis; situação psicológica sadia que trará suporte na criação deste novo ser; a possibilidade da oferta de uma educação de qualidade; etc.

Sem dúvidas esta é uma decisão muito importante na vida de qualquer pessoa, e deve ser pensada com a devida cautela. Afinal de contas, se trata de um novo ser humano a ser gerado, e nascerá com seus devidos direitos e deveres perante a sociedade que deverão ser assegurados pela família, pelo Estado e pela sociedade. Para tanto, existem as Leis e Estatutos que visam garantir estes direitos, tais como: o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069 de Julho de 1990;  A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU 10/12/1948), entre outros.

Hoje em dia, por conta da tecnologia, temos mais acesso a informações que podem nos servir para melhorar nossa qualidade de vida, inclusive na tomada de decisões. E, o mínimo de conhecimento sobre a realidade do mundo que está cada dia mais violento e difícil de se habitar, nos faz pensar duas vezes antes de colocar mais uma alma nele. Por estes e outros motivos muitas famílias optam pela adoção. Ou seja, quer seja biológico ou não, ter um filho demanda planejamento para que este possa, de fato, ter maiores chances de ter uma vida digna.

Portanto, chegamos ao ponto central da nossa discussão: ter ou não filhos?

Por isso eu proponho: que sejamos pais! Quer sejam de filhos do ventre ou do coração, que o foco não esteja em "possuir" seres humanos para moldá-los ao nosso entendimento. Mas que possamos ter a consciência de, como pais, somos pilares  da formação humana integral de novos seres humanos. E que esta decisão tão importante seja pensada, devidamente pesada e apenas auxiliada pela emoção (e não pautada somente sobre a mesma).


Assim, esta reflexão se mostra totalmente pessoal e instransferível. Contudo, espero através desta postagam, despertar um questionamento crítico sobre este tema que traz impacto permanente em toda a sociedade.



Publicado por: Sheila Albino Garlope



Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=T6iAFlA509I

domingo, 26 de maio de 2019


Cresce no país número de pretendentes que aceitam adotar crianças com 5 anos ou mais 




Neste sábado (25) foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. Mas nem tudo é motivo para celebrar. Em 2018, foram adotadas 650 crianças com 5 anos ou mais no Brasil, número menor que o registrado em 2016 e em 2017.

Porém, quase metade (46%) dos pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção neste ano se diz aberta a adotar uma criança com 5 anos ou mais de idade. O índice é bem superior ao registrado dez anos atrás (30%). É o que mostram dados da Corregedoria Nacional de Justiça obtidos pelo G1.

Para a diretora de relações públicas da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Suzana Schettini, o trabalho integrado feito pelo Judiciário com os grupos de apoio à adoção é um dos grandes responsáveis pelo aumento no percentual dos pretendentes abertos à adoção tardia. Mas ainda é preciso fazer mais, admite.

Segundo ela, além do preparo dos pretendentes nos grupos e das crianças nas instituições, há uma terceira frente que não pode ser deixada de lado no caso das adoções tardias.

É preciso oferecer para a família adotiva um núcleo de apoio no pós-adoção, porque elas são naturalmente mais complexas, mais difíceis. As crianças têm suas histórias, suas demandas. Então, esse suporte é necessário. E cada vez mais esses pretendentes se sentem acolhidos e seguros para o ato.”







Publicado por: Clara Contarato Bastos