Nosso assunto principal sobre uma grande família se tornar
maior ainda ao adotar mais crianças, revelou-se em um tema muito rico, o qual
abre parênteses para a abordagem de muitas questões pertinentes à nossa sociedade
contemporânea. Um destes tópicos é a discussão sobre a questão do planejamento
familiar.
Planejar consiste, de acordo com o senso comum, em pensar e
criar estratégias para gerir com êxito determinada situação. Portanto, planejar uma
família seria, entre outras coisas, pensar em estratégias para assegurar a
captação e emprego de recursos que garantam a sobrevivência e o bem estar de
seus integrantes. Seguindo o pensamento lógico: quanto mais pessoas, mais
recursos serão necessários. Contudo, a nossa “matéria mãe” nos aponta o fato
que caminha na contramão deste pensamento lógico: “Mãe de seis adota sete”; e
no corpo da matéria descobrimos ainda que a única fonte de renda vem de um
salário mínimo.
A questão que se põe em pauta agora é: apesar de ser emocionalmente
louvável a atitude destes pais, sob um pensamento racional e objetivo, vê-se
que, em abrir as portas de sua casa para acolher mais sete seres humanos, além
dos 8 que ali já habitavam, os escassos recursos que deveriam garantir o bem
estar e sobrevivência destes primeiros, agora se tornariam ainda mais
rarefeitos devido a chegada destes. Ou seja, até que ponto a máxima do “onde
come 1, comem 2; onde comem 2, comem 3...” se estenderia? Afinal de contas,
aonde “come 1, comem 10?” E, se comem, comem bem? Comem bem o suficiente para
crescer e se desenvolver com a devida dignidade?
Somos um povo reconhecidamente caloroso. Muitas das vezes
tomamos atitudes baseadas apenas em emoções. Mas as consequências práticas serão
inevitáveis. Se, esta mãe de seis tivesse se planejado e, juntamente com seu conjugue,
tivessem adequado a criação de sua família sob sua realidade financeira e social, será
que eles teriam tido tantos filhos biológicos e/ou teriam adotado ainda mais
crianças? Será que estas crianças terão condições de se desenvolver
integralmente mediante as muitas dificuldades iminentes que enfrentarão devido à
falta de recursos?
Não se trata aqui de um julgamento às ações destes pais que,
volto a repetir, tiveram uma atitude louvável e humana. Contudo, pretendo com
esta publicação, querido leitor, instigar o seu pensamento crítico acerca deste
assunto tão controverso e polêmico, mas que gera impactos graves na nossa sociedade.
Pois na medida em que se tem conhecimento de que os recursos do nosso planeta
são limitados e que, este já tem apresentado sinais de cansaço e saturação, qual
deveria ser o nosso papel enquanto cidadãos? E, (lembrando que este blog foi
desenvolvido por alunos de pedagogia), qual o nosso papel como futuros
educadores mediante a sociedade?
Portanto, “Aonde comem 6, come o bonde?”
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Segue abaixo um link de uma breve matéria do Mundo Educação que corrobora com alguns pontos levantados acima.
Publicado por: Sheila Albino Garlope
Excelente texto muito rico, o ponto que mais me chamou atenção no seu post, foi a questão de que até que ponto esse" onde come um come dois.."funciona, pois como você citou, de que maneira eles vivem? se comem, como comem? O desenvolvimento de crianças onde suas famílias não tem um planejamento familiar muitas vezes é prejudicado devido a falta de uma boa alimentação etc, ou seja onde quero chegar é que se pararmos para pensar no âmbito escolar essa falta de planejamento é muitas vezes a causa de muitos alunos com dificuldades escolares e muito mais, É um caso a se pensar será que o governo tem feito seu papel se dedicando a campanhas de planejamento familiar que incentivem a população visto que é um assunto muito importante que influencia muitas áreas da sociedade.
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