segunda-feira, 20 de maio de 2019

Planejamento Familiar em pauta


Nosso assunto principal sobre uma grande família se tornar maior ainda ao adotar mais crianças, revelou-se em um tema muito rico, o qual abre parênteses para a abordagem de muitas questões pertinentes à nossa sociedade contemporânea. Um destes tópicos é a discussão sobre a questão do planejamento familiar.

Planejar consiste, de acordo com o senso comum, em pensar e criar estratégias para gerir com êxito determinada situação. Portanto, planejar uma família seria, entre outras coisas, pensar em estratégias para assegurar a captação e emprego de recursos que garantam a sobrevivência e o bem estar de seus integrantes. Seguindo o pensamento lógico: quanto mais pessoas, mais recursos serão necessários. Contudo, a nossa “matéria mãe” nos aponta o fato que caminha na contramão deste pensamento lógico: “Mãe de seis adota sete”; e no corpo da matéria descobrimos ainda que a única fonte de renda vem de um salário mínimo.

A questão que se põe em pauta agora é: apesar de ser emocionalmente louvável a atitude destes pais, sob um pensamento racional e objetivo, vê-se que, em abrir as portas de sua casa para acolher mais sete seres humanos, além dos 8 que ali já habitavam, os escassos recursos que deveriam garantir o bem estar e sobrevivência destes primeiros, agora se tornariam ainda mais rarefeitos devido a chegada destes. Ou seja, até que ponto a máxima do “onde come 1, comem 2; onde comem 2, comem 3...” se estenderia? Afinal de contas, aonde “come 1, comem 10?” E, se comem, comem bem? Comem bem o suficiente para crescer e se desenvolver com a devida dignidade?

Somos um povo reconhecidamente caloroso. Muitas das vezes tomamos atitudes baseadas apenas em emoções. Mas as consequências práticas serão inevitáveis. Se, esta mãe de seis tivesse se planejado e, juntamente com seu conjugue, tivessem adequado a criação de sua família sob sua realidade financeira e social, será que eles teriam tido tantos filhos biológicos e/ou teriam adotado ainda mais crianças? Será que estas crianças terão condições de se desenvolver integralmente mediante as muitas dificuldades iminentes que enfrentarão devido à falta de recursos?

Não se trata aqui de um julgamento às ações destes pais que, volto a repetir, tiveram uma atitude louvável e humana. Contudo, pretendo com esta publicação, querido leitor, instigar o seu pensamento crítico acerca deste assunto tão controverso e polêmico, mas que gera impactos graves na nossa sociedade. Pois na medida em que se tem conhecimento de que os recursos do nosso planeta são limitados e que, este já tem apresentado sinais de cansaço e saturação, qual deveria ser o nosso papel enquanto cidadãos? E, (lembrando que este blog foi desenvolvido por alunos de pedagogia), qual o nosso papel como futuros educadores mediante a sociedade?

Portanto, “Aonde comem 6, come o bonde?”




Imagem disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/9402931



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Segue abaixo um link de uma breve matéria do Mundo Educação que corrobora com alguns pontos levantados acima.



Publicado por: Sheila Albino Garlope

1 comentário:

  1. Excelente texto muito rico, o ponto que mais me chamou atenção no seu post, foi a questão de que até que ponto esse" onde come um come dois.."funciona, pois como você citou, de que maneira eles vivem? se comem, como comem? O desenvolvimento de crianças onde suas famílias não tem um planejamento familiar muitas vezes é prejudicado devido a falta de uma boa alimentação etc, ou seja onde quero chegar é que se pararmos para pensar no âmbito escolar essa falta de planejamento é muitas vezes a causa de muitos alunos com dificuldades escolares e muito mais, É um caso a se pensar será que o governo tem feito seu papel se dedicando a campanhas de planejamento familiar que incentivem a população visto que é um assunto muito importante que influencia muitas áreas da sociedade.

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