domingo, 26 de maio de 2019


Cresce no país número de pretendentes que aceitam adotar crianças com 5 anos ou mais 




Neste sábado (25) foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. Mas nem tudo é motivo para celebrar. Em 2018, foram adotadas 650 crianças com 5 anos ou mais no Brasil, número menor que o registrado em 2016 e em 2017.

Porém, quase metade (46%) dos pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção neste ano se diz aberta a adotar uma criança com 5 anos ou mais de idade. O índice é bem superior ao registrado dez anos atrás (30%). É o que mostram dados da Corregedoria Nacional de Justiça obtidos pelo G1.

Para a diretora de relações públicas da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Suzana Schettini, o trabalho integrado feito pelo Judiciário com os grupos de apoio à adoção é um dos grandes responsáveis pelo aumento no percentual dos pretendentes abertos à adoção tardia. Mas ainda é preciso fazer mais, admite.

Segundo ela, além do preparo dos pretendentes nos grupos e das crianças nas instituições, há uma terceira frente que não pode ser deixada de lado no caso das adoções tardias.

É preciso oferecer para a família adotiva um núcleo de apoio no pós-adoção, porque elas são naturalmente mais complexas, mais difíceis. As crianças têm suas histórias, suas demandas. Então, esse suporte é necessário. E cada vez mais esses pretendentes se sentem acolhidos e seguros para o ato.”







Publicado por: Clara Contarato Bastos







1 comentário:

  1. Clara,

    Sua postagem me fez refletir sobre o porquê das famílias que adotam darem preferência aos bebês, do que às crianças maiores.

    E cheguei a conclusão que, como dito no texto: as crianças maiores "têm suas histórias, suas demandas", ou seja, trazem consigo carga emocional e vivências (muitas vezes traumáticas), que os bebês ainda não possuem. Portanto, se torna mais "fácil" começar a criação deste novo ser humano se for "do zero".

    O problema é que esta visão privilegia o desejo dos adultos. Acho muito injusto com as crianças. :(

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