Cresce no país número de pretendentes que aceitam adotar crianças com 5 anos ou mais
Neste sábado (25) foi
comemorado o Dia Nacional da Adoção. Mas nem tudo é motivo para
celebrar. Em 2018, foram adotadas 650 crianças com 5 anos ou mais no
Brasil, número menor que o registrado em 2016 e em 2017.
Porém,
quase
metade (46%) dos pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de
Adoção neste ano se diz aberta a adotar uma criança com 5 anos ou
mais de idade. O índice é bem superior ao registrado dez anos atrás
(30%). É o que mostram dados da Corregedoria Nacional de Justiça
obtidos pelo G1.
Para
a diretora de relações públicas da Associação Nacional dos
Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Suzana Schettini, o trabalho
integrado feito pelo Judiciário com os grupos de apoio à adoção é
um dos grandes responsáveis pelo aumento no percentual dos
pretendentes abertos à adoção tardia. Mas ainda é preciso fazer
mais, admite.
Segundo
ela, além do preparo dos pretendentes nos grupos e das crianças nas
instituições, há uma terceira frente que não pode ser deixada de
lado no caso das adoções tardias.
“É
preciso oferecer para a família adotiva um núcleo de apoio no
pós-adoção, porque elas são naturalmente mais complexas, mais
difíceis. As crianças têm suas histórias, suas demandas. Então,
esse suporte é necessário. E cada vez mais esses pretendentes se
sentem acolhidos e seguros para o ato.”
Publicado por: Clara Contarato Bastos
Clara,
ResponderEliminarSua postagem me fez refletir sobre o porquê das famílias que adotam darem preferência aos bebês, do que às crianças maiores.
E cheguei a conclusão que, como dito no texto: as crianças maiores "têm suas histórias, suas demandas", ou seja, trazem consigo carga emocional e vivências (muitas vezes traumáticas), que os bebês ainda não possuem. Portanto, se torna mais "fácil" começar a criação deste novo ser humano se for "do zero".
O problema é que esta visão privilegia o desejo dos adultos. Acho muito injusto com as crianças. :(